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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Após gastar R$ 500 mil, governo entrega reforma incompleta de escola em SP

Empreiteira reformou o piso e deixou escola com janelas quebradas, paredes pichadas e quadra sem tabela


A Escola Estadual Professora Julia Della Casa Paula fica na Cidade Ademar, um dos bairros mais pobres da zona sul de São Paulo. Encravada entre casas sem acabamento, suas dependências são refúgio das crianças e adolescentes do bairro, que usam o espaço para lazer nos finais de semana. Há anos com as paredes pichadas, janelas quebradas e quadra deteriorada, o complexo finalmente recebeu do governo do Estado a promessa de receber uma ampla reforma há um ano e meio. O prazo para a entrega vence no final de julho, mas as obras já foram dadas por encerradas, embora apenas o piso do pátio tenha sido recuperado.

A escola foi escolhida em dezembro de 2011 para integrar o grupo de 46 instituições que receberiam parte dos R$ 20 milhões para reforma de escolas do Estado na capital e Região Metropolitana. Entre a série de mudanças na Della Casa, previa-se a substituição das tabelas de basquete na quadra principal, a instalação de postes de vôlei e traves de futebol na miniquadra e de equipamentos recreativos no terreno, reforma dos sanitários e troca de pisos externos e internos. Valor da obra: R$ 496.629,51 mil.

Inicialmente, o orçamento ficou em R$ 473,3 mil, mas em abril deste ano o governo divulgou uma lista de obras concluídas no primeiro trimestre deste ano, ocasião em que o valor da reforma foi atualizado.

No começo do mês, a placa anunciando a reforma foi retirada. Sob anonimato, oiG visitou a escola e encontrou os mesmos problemas (veja as fotos na galeria). A quadra está sem cesta de basquete, a miniquadra não tem traves. As paredes estão pichadas, as janelas das classes, estilhaçadas. Os banheiros, trancados, têm furos no telhado. Nenhum equipamento recreativo havia sido instalado.

Segundo funcionários da escola, a reforma foi dada por encerrada logo após a única mudança: a substituição do piso interno.

iG questionou a Secretaria Estadual de Educação sobre a reforma, mas até o fechamento da matéria não recebeu um retorno. A empreiteira responsável pelas obras, a CCB Construções e Serviços, não atendeu a reportagem. 

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