A luta pela recuperação do prédio histórico onde provavelmente irá funcionar a sede dos conselhos municipais de Marabá, cada dia mais em ruínas, é antiga.
Bem antiga.
É uma espécie de sonho de consumo do médico Jorge Bichara e de gerações de ambientalistas marabaenses, presidente da Fundação Zoobotânica e secretário de Agricultura de Marabá.
Sai governo, entra governo, e ele sempre esteve batendo à porta de cada mandatário, oferecendo alternativas para que os traços arquitetônicos do prédio, pelo menos a fachada, fossem restaurados, em respeito à memória de várias gerações que estudaram na primeira escola estadual edificada na cidade.
“É inaceitável assistirmos a destruição de um prédio que tantas boas lembranças nos traz”, sustenta Bichara.
Enquanto esteve sob a guarda do governo do Estado, propostas de restauração do prédio foram encaminhadas a cada gestor, sem que ao final alguma decisão prática fosse assumida.
O imóvel agora pertence ao município.
E, na condição de presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente e à frente da Secretaria de Agricultura, Bichara sonha em obter linhas de financiamento para a construção da sede, mantendo o design original de sua fachada.
Na reunião ocorrida nessa segunda-feira, 22, no auditório do Ministério Público, cerca de doze conselhos municipais aprovaram, à unanimidade, proposta de construção da sede.
“Agora, vamos trabalhar na elaboração do projeto da futura sede, valorizando o prédio histórico e a própria memória do Núcleo da Velha Marabá”, completa Jorge Bichara.
Para quem não sabe, o prédio fuca localizado na Praça Duque de Caxias, entre as agências do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
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